domingo, 9 de junho de 2013

Iniciação Científica. O pesquisador em formação

 


A seção A História do Historiador da Revista de História da Biblioteca Nacional me trouxe uma boa surpresa na edição do mês de janeiro/2013. Versando sobre a importância da experiência de pesquisa para os alunos da Graduação, o artigo de autoria de Eunícia Fernandes, minha professora e orientadora de Iniciação Científica na PUC RIO, apresenta as experiências vivenciadas por mim e minhas companheiras de Iniciação Científica.

A leitura do artigo me fez reviver nossas divertidas reuniões semanais de pesquisa. Divertidas, sim, pois quem disse que reuniões e encontros acadêmicos precisam ser marcados pela sisudez? Na ocasião, eu e mais duas colegas graduandas, Ana Toledo e Isabela Masini, participavamos do projeto Representações de índios. Repertórios para a nacionalidade na nova ordem republicana, sob a orientação da Prof. Dra. Eunícia Fernandes.

Poder participar de um projeto de pesquisa foi uma das melhores experiências que tive durante a Graduação em História. Mais ainda, de ter participado de um grupo que tinha sob sua orientação uma profissional de História que tem muito claro qual é o papel da iniciação científica na formação de um graduando:  o orientando não é um mero auxiliar de pesquisa. Ele deve ser tratado como um investigador, mesmo que iniciante, e deve ser formado não para "seguir os passos" de seu orientador, mas para ir sempre além de si mesmo.

Não podemos negar que as influências teóricas, metodológicas e técnicas de pesquisa do orientador acabam por se fazerem presentes na vida de quem passa pela experiência da iniciação científica. É muito claro para mim que o campo historiográfico pela qual me interessei, a História Indígena, e a linha teórica na qual me embaso foram/são fortemente influenciadas pela minha outrora orientadora. 

Mas estas influências foram se constituindo de forma natural, sem imposições. Mais importante do que as heranças temáticas e teóricas deixadas por esta experiência e pela orientação que recebi, foi a sensação de estar sendo guiada pelas mãos da minha orientadora pelos segredos da arte de bem pesquisar, de bem expressar, construindo aos poucos uma condição autônoma, deixando aos poucos de ser tutelada para "falar com a própria boca". 

O que posso deixar registrado desta experiência é que ele foi um caminho fecundo que me credenciou a dar novos e promissores passos rumo à pós-gradução. A experiência do Mestrado foi uma difícil e árdua tarefa de caminhar sozinha, seguindo meus próprios passos, me constituindo de forma autônoma como historiadora. Mas este caminho começou bem antes, lá atrás ainda na Graduação, quando de forma inconsciente, uma historiadora começava a se constituir enquanto tal.

 

Para ler o artigo da RHBN na íntegra, clique aqui.
 

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